Apaixonei-me pelo sorriso, apaixonei-me pelos olhos
verdes quando os nossos olhares, no meio da multidão, se encontraram. Desde então,
no dia a seguir continuei apaixonada, na semana a seguir? Me apaixonei ainda
mais… No mês a seguir… Ate hoje, é presente. Cada momento do lado
dele, cada forma de ele se expressar, os seus vários sorrisos, a forma como se
mexe, me apaixonaram e essencialmente, me apaixonei pela facilidade que ele tem
de me fazer sorrir. Eu segurei a mão dele e encostei na minha, o tão pequeno
gesto com um enorme valor. No meio do silêncio, ficava a olhar o quão era
grande a sua mão, um pouco maior que a minha e percebi ate, que se encaixavam
perfeitamente quando se entrelaçavam. Apaixonei-me pelo jeito tonto que ele tem,
pelo ar de criança que carrega e me apaixonei pelas suas atitudes. Cada “amo-te”
que ele dizia baixinho ao meu ouvido, e hoje… me apaixono tanto, não da maneira
como eu sonhei, se calhar não teria que ser assim, mas me apaixono mesmo assim,
ate mesmo no meio desta distância. Porque tudo continua a ter o mesmo efeito, a
mesma ansiedade, as mesmas borboletas na barriga, a mesma espera… Me apaixonei pelo
abraço, o meu preferido, e será nele que irei permanecer até o último dia de
minha vida.