5 de setembro de 2013




Os dias se tornaram meses desde que desapareceste, virou tudo uma rotina, os livros e as músicas passaram a me dar ouvidos, parece que dizem exactamente como são os sentimentos. Mas ainda estou aqui sabes? Continuo a respirar todos estes sentimentos projectado pelos livros. 
Nunca parti, permaneci neste mar de solidão desde o dia que me apeguei a ti. Continuo nesta espera, das tuas ligações, depois de todas as palavras, ainda te amo, é inevitável não o sentir. Há noite, é quando o mais sinto! È quando todas as mares acalmam, é quando o céu me sustenta, quando não estas aqui. È durante a noite que o meu sentimento aumenta mesmo estando longe. 
Ainda te observo, te escuto, te guardo no meio das lembranças, se não foi o suficiente? Se calhar não foi, mas prefiro nem saber da resposta, torna-se ainda mais complicado que a própria matemática. 
A vida sempre nos surpreende, ou quase sempre, mas continuo aqui, com o mesmo feitio, em colocar os sonhos e o futuro em primeiro plano, o que não deveria de ser assim, mas não se culpa as estrelas se elas não nos conseguem escutar, não deveria culpar o relógio se odeio o tempo. Mas não culpes pela tua dor. 
Não meças sonhos, porque sonhar é ilimitado e viver ainda é de graça, mesmo quando muitas pessoas temem em querer morrer, há outras a lutar por um coração. Não culpes os teus pais pelas coisas que tu não possuis nem culpes o mundo, nem o céu. Não culpes as nuvens pela falta de chuva. Não culpes o remédio se ele não amenizou a tua dor. Não culpes o amor, se foste tu quem não soubeste amar.

...

Sinto que estamos a chegar ao fim da meta. Tu imploraste para que eu ficasse mas eu estou decidida a partir. Estava tudo bem entre nós, se...