Um dia, ela decidiu fechar
os olhos e imaginar que esse dia ainda não foi o início do fim. Na verdade, todas as palavras daquele papel amachucado que mandou
para o chão, ou até, aquelas palavras que não dão para perceber, estão riscadas e
rabiscadas. “A saudade dói, agonia, estremece e mata. A falta congela,
chora e entristece. A saudade é a certeza que vai voltar.” Mas
não são meros papéis mandados ao chão, também, as palavras guardadas e
colocadas para dentro. Ela é a palavra diferente que ele nunca viu, nem ouviu
falar.
É uma montanha
de coisas que nunca se entendeu e muito menos se vai entender. Virou palavras procuradas, aquelas
que nunca em tempo algum, se soube o significado.
É algo
como ver, que nada se encaixa na autoria. É algo totalmente oposto do certo. Ao
menos sabe ser feliz ou pelo menos tenta, em pedra, em flor, em folha que
acompanha o vento. Amando, mesmo que traga tempestades, furacões, vulcões,
ciclones… Mesmo que entorne o café, que se esqueça do açúcar ou que o adoce
demais. Mas ela sonha, imagina-se, numa casa simples com
dois filhos correndo pela sala, mas… “A
saudade dói, agonia, estremece e mata. A falta congela, chora e entristece.” Quem
sabe…