11 de setembro de 2011

Impulso do Medo


Corro na esperança de encontrar a minha felicidade no espaço de não deixar qualquer rasto. Preciso de vaguear por esta rua e sentir a chuva, desejar que tudo seja perfeito mas de repente paro com medo de cair, de não conseguir, de ver partir o que me descansa, ter o que não me dá paz. Para quê enganar? Aqui não faz sentido estar, não estou em segurança. Faço para manter comigo o que me dá alegria, para eu acreditar que possa existir o bem mas depois caio na tentação de argumentar que tudo pode ser mentira, que estou a andar sem destino e que nada disto é correcto. Sei que deus me quer por á prova, mas tenho medo de lhe desiludir, não sei se tenho que pensar em mim ou se preciso de tempo, tenho uma folha em branco e não sei o que preencher. Sento-me num banco abandonado e tenho o impulso de fazer perguntas mas o medo que sinto faz-me tapar os ouvidos. Sinto-me insegura, é como se eu estivesse no cimo de uma montanha em que olho para todos os cantos e não sei que caminho seguir, sinto que não sou capaz de o fazer, é como se tudo fosse mistério. Estou repleta de uma confusão profunda, será possível? Tenho o mundo a meus pés e estou cega ao ponto de não o ver, de não ter consciência que tenho todas as peças fundamentais que só terei que as encaixar, mas o medo de saber a resposta me impede de o fazer, por isso que me escondo da vida e tapo os olhos com medo de ver o que não quero ver.

...

Sinto que estamos a chegar ao fim da meta. Tu imploraste para que eu ficasse mas eu estou decidida a partir. Estava tudo bem entre nós, se...