29 de abril de 2011

Controlo inconstante

Sinto como se um trovão tivesse caído sobre a minha vida, como se tivesse um controlo inconstante que tanto esta presente como não, é como se os meus pensamentos tivessem ganho outro sentido, como se tudo tivesse ganho outro rumo e tivesse deixado de estar á deriva. Será que cresci? Há coisas que á cerca de dois anos atrás faziam sentido e agora não, não faz sentido ser assim mas não entendo o que mudou. Sinto como se estivesse a correr com o tempo, sinto como se estivesse mais forte e que agora consigo suportar e ver o lado da razão que antes não conseguia ver. É como se fosse a primeira vez que estou amar, a primeira vez que sei o que é ter saudades, como se aprendesse agora a andar sobre o caminho da minha vida, a lutar pelos meus objectivos. O meu ritmo cardíaco aumenta á medida que me aproximo, sem me dar conta eu já estou lá. O tempo pode ser mais rápido que eu, o controlo pode estar sobre as minhas mãos, mas terei que saber agarrá-lo e caminhar á medida do tempo para que nada se perca. Não sinto qualquer arrependimento, sinto-me leve como se estivesse deitada sobre uma nuvem e que essa nuvem me estivesse a guiar. Tenho uma presença constante de alegria que me faz querer fazer coisas paranormais, faz-me querer ir para além do fim, como se estivesse alucinada. Não sei o que é isto, mas estou a venerar esta fase, algo repleto de energias, de boas vibrações, cheia de luz. Desejo apenas que seja sempre assim, como um conto de fadas que tudo é belo e maravilhoso, mesmo estando longe tudo aumenta e quando estamos perto o que esta de fora não existe a não sermos nós. Quero dizer para sempre e ate ao infinito, é incrível sentir-me assim.

1 de abril de 2011

Não quis ser perfeita

Fiquei farta de regras, cansei de que me digam o que fazer e o que não fazer, que ponham a mão sobre mim e que gritem comigo, que errem e digam “tu não podes errar”, que quando sorria é porque sorria e quando chorei diziam “porque choras? Tudo te corre bem”. Fartei e por mais errado que tenha sido, eu senti-me única uma vez na vida. Existe alturas que todos nós cansamos de viver a vida dos outros, cansamos de ouvir e queremos também falar, queremos viver apenas o nosso momento, ser apenas “eu”. Caminhei na vida de muitas pessoas, dei a mão muitas vezes, olhei sempre para o bem, sempre com objectivos e com críticas boas, o sorriso não me chegava, queria chorar também, dei de mim mais do que tinha e cansei! Quis que caminhassem comigo, quis apoio, quis falar do que é meu e ninguém me ouviu, eu era perfeita de certo modo, mas cansei da perfeição então procurei outros horizontes mesmo sendo errados, eram meus. Ninguém compreendeu, as minhas opções, as minhas escolhas, o meu olhar. Ninguém procurou saber o que se passava, apenas fiquei farta de ser perfeita e quis experimentar o proibido. Quis ir além, sozinha! Fartei-me de experimentar e de ver o que não era meu, o que não fazia sentido para mim, se calhar para elas fazia sentido, terem alguém do lado delas, sentiam que não estavam sozinhas, tinham sempre um apoio e eu? Por mais perfeita que fosse eu não sentia isso, não estava completa, não me compreendia. Então fui á procura de respostas e por mais errado que tenha sido, senti que fui apenas eu! Errei sim, mas porque quis errar e aprender com os meus erros e não com o dos outros, quis saber qual a sensação de ser magoada, de ser traída, de sentir o sabor do pecado, do mal, da inveja. Sei que pode ser ridículo o que estava a sentir, mas o bem não me chegava, não me satisfazia, não sentia que estava a crescer, sentia-me parada no tempo, vivendo uma ilusão do bem e do perfeito. F*** para o que era perfeito e errei. E hoje com todo o gosto eu digo, eu gostei de errar! Pois cresci e vi coisas diferentes.

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Sinto que estamos a chegar ao fim da meta. Tu imploraste para que eu ficasse mas eu estou decidida a partir. Estava tudo bem entre nós, se...