14 de fevereiro de 2011




Dou mil voltas, as nuvens correm, o vento sopra, a lua esta parada e a noite está fria. As estrelas olham por mim, o mar me aquece a alma mas as minhas lágrimas caem, quero falar e não consigo, tu não sais da minha cabeça, me tiraste o sono e o meu coração quer adormecer. Mas como? Não existe resposta para isto.


Dois anos depois...



Nunca iremos saber bem de como tudo começou, de porquê ter começado e porquê de termos sido nós. De uma certa forma, não importa…
È engraçado que já passaram dois anos e lembro-me de tudo como se fosse ontem, lembras-te de quando nos casamos pela Igreja? Foi preciso irmos ate Campo Maior, no Alentejo para oficializarmos a nossa amizade e juramos que aos cinco anos de casadas nós voltaríamos lá. Ao longo deste nosso casamento já me pedis-te o divórcio imensas vezes, mas eu já te disse que não te dou o divórcio :)
Lembras-te porque nos juntamos? Visto bem as coisas, nós não nos unimos pelas melhores razões, a nossa vida estava a dar uma volta de 180 graus e não estávamos a saber lidar com essa volta, não encontrávamos respostas para o que estava acontecer e foi então que nos apoiamos uma na outra, não sabíamos o que iria sair dali mas o que é certo é que fomos o “pilar” uma da outra. Choramos, sorrimos, gritamos e dissemos “de mãos dá das nós iremos conseguir” e conseguimos! Não lamento o que tenha acontecido á nossa volta, as pessoas que perdemos, as lágrimas que correram pelo nosso rosto porque de certo modo isso serviu para nos unir e hoje dou graças a deus por te ter a meu lado.
Lembras-te no PPA? Nos apanhamos sempre as maiores secas, ouvia-mos passarinhos, as arvores, o vento, a chuva e no meio disso, o que fazíamos? Metíamos os phones nos ouvidos e cantávamos… Isso nos libertava das coisas más e se fosse preciso, dançávamos, tirávamos fotografias, inventávamos sempre algo para fazer. Quando apanhávamos sol em cima daquela casinha, quando chorávamos e gritávamos para espantar os males de amor, era lindo…
Lembras-te de quando andamos á chuva? Tiramos fotografias, estávamos todas molhadas e no dia seguinte andámos a espirrar o dia todo. Fomos para a minha casa, nos secar e ver o teatro dos morangos com açúcar que às tantas eu já estava a dormir. Acho que depois desse dia, eu passei a olhar para a chuva com outros olhos, afinal pode-se fazer coisas giras á chuva e porque foi mais um dos nossos momentos.
Já fizemos tantas coisas juntas, já entramos num prédio sem autorização, já roubamos pipos ás bicicletas, já gastamos extintores, já pegamos fogo, já estragamos uma porta… Enfim, que hoje nós nos rimos disso e te digo, passado dois anos, não me arrependo de ter deixado tudo para me aliar a ti e vencer esta batalha, porque todos os erros, todas as lágrimas, todos os sorrisos que demos, tudo teve um fundamento e um significado. Erramos, aprendemos e crescemos juntas! Já tivemos as nossas desavenças de facto, já nos afastamos mas nunca ouve uma discussão entre nós, sempre soubemos ser civilizadas e soubemos respeitar as decisões uma da outra. Nunca ninguém criticou, apenas apoiamos e aceitamos.
Eu não te sei definir o carinho que tenho por ti amor, és uma amiga exemplar e insubstituível, amo a pessoa que és e a pessoa que me ensinas-te a ser, nunca foi preciso te chamar, tu estas sempre lá onde quer que estejas e só tenho que te agradecer por isso.
Antes estivemos menos bem, hoje estamos bem e um dia iremos dizer “nós somos felizes”.
O teu sorriso é o brilho dos meus dias, os teus beijinhos me confortam, o teu abraço me dá segurança e tens um feitio terrível que dá raiva e qualquer dia quem pede o divorcio sou eu *.*
E sabes de uma coisa? Estive a falar com o sol e ele já fez as pazes com a lua :$ que amorosos!
Quero que saibas, que mesmo passados dois anos, eu amo-te cada vez mais, sem duvida alguma e considero-me uma rapariga invulgar mesmo só por te ter do meu lado.
És o meu maior orgulho e o meu melhor sorriso!

Pergunta: Querem saber o significado de melhor amiga?
Resposta: Joana Raquel Guerreiro Ferreira

7 de fevereiro de 2011

Velocidade do coração

Passo por ali, olho e recordo tudo o que vivemos, não sei se será fanatismo mas é incrível que foram poucos momentos mas únicos, quando o teu olhar se fixava no meu… Quando me davas a mão, como quando o meu batimento cardíaco acelerava á medida que me beijavas intensamente, como quando cantavas ao meu ouvido…
Na minha cabeça e á minha velocidade, tive que acabar com estas recordações! Tive que seguir o meu trajecto. O meu coração grita para ficar, mas a minha mente se impõem para seguir.
Cai na tentação de voltar aquele lugar, algo me empurrava naquela direcção e fui. Estava frio mas ao mesmo tempo a noite me quis dizer algo que eu não estivesse a entender, quis-me dar respostas e não desisti.
Eu aproximei-me e sentei-me naquele lugar, olhei e respirei fundo. Me perguntei: “que estou eu a fazer?”.
Olhei para o lado e um vazio se instalou-se no meu coração, tu não estavas lá. Cai em mim e descobri, que mais uma vez errei.
Tudo poderia resultar se não fosse as minhas inseguranças, os meus medos ou ate mesmo os meus anseios. Dava um passo á frente e em seguida dava dois atrás, parecia castigo resistir á tentação de falar contigo, sentia-me fraca de não me ter justificado.
Perguntas como eu estou, eu respondo apenas “estou bem”, enquanto estar longe de ti é horrível.
Eu nunca fui fraca, sempre tive coragem e isto será apenas um contratempo na minha vida e sei que o tempo irá ajudar a sarar o que é mútuo.

Pendente

O facto de tudo ter ficado por aqui deve-se a algo estranho.
Nunca soubemos explicar o que realmente queríamos mas a verdade é que nos sentíamos bem um com o outro. Tudo se iniciou de um forma simples mas invulgar, tudo foi crescendo, como cada palavra, como cada gesto, como cada momento.
Me parecia sinistro mas ao mesmo tempo me fazias sorrir, tipo um porto de abrigo, lá fora estavam os problemas e dificuldades mas junto de ti tudo parecia simples e eficaz, a noite ficava mais clara com o brilho do teu sorriso.
Eu não controlo o meu coração, a vida é como um jogo, que teremos que saber jogar para ganhar e confesso que não soube jogar e perdi, decidi ficar por aqui.
São coisas que acontecem, nós temos alguém e por vezes as coisas vão-se processando rápido demais, que não conseguimos ter controlo sobre nossos sentimentos e há uma serie de factores que faz com que as coisas deixem de funcionar, os nossos medos falam mais alto e por isso acabei por tomar o meu caminho.
Sei que isto de certa forma ira parecer estranho e confuso, mas eu sou compulsiva, e não ajo da melhor maneira. Afasto-me sem quais quer justificações e acabo por encontrar segurança no que sei que é ilusão, mas que esta ali e não me irá dar a negação.

...

Sinto que estamos a chegar ao fim da meta. Tu imploraste para que eu ficasse mas eu estou decidida a partir. Estava tudo bem entre nós, se...